A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) emitiu um alerta sobre o uso do cerol utilizado nas pipas. Houve um aumento de 139% nos atendimentos ambulatoriais por objetos cortantes. Entre janeiro e maio de 2023, foram registrados 555 atendimentos ambulatoriais por objetos cortantes no estado de São Paulo. No mesmo período de 2024, o número subiu para 1.326.
O artefato, feito de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e pode causar ferimentos e cortes profundos, resultando até mesmo em mortes. O material põe em risco a vida de motoqueiros, ciclistas e pedestres, além de gerar problemas na rede elétrica.
A SES-SP lembra do perigo do material para crianças, que estão expostas brincando na rua e podem não perceber a linha. Muitas delas, ao identificar uma pipa enroscada em rede elétrica, podem tentar se aproximar para retirá-la causando lesões por queimadura elétrica.
“Pode haver mutilações, amputações, além de lesões vasculares, levando inclusive ao óbito”, explica Eduardo Benedetti, coordenador da equipe de cirurgia geral do Hospital Geral de Guarulhos (HGG).
No caso dos motoqueiros, em decorrência da velocidade do vento e do deslocamento, o ferimento pode ser ainda mais grave. Entre os riscos estão hemorragia, insuficiência respiratória aguda e cegueira.
O órgão ainda alerta para a linha chilena, que tem na composição óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes.
Conforme a Lei 17.201/2019, o cerol e demais linhas cortantes são proibidas no estado, seja o uso, a fabricação e a comercialização do produto.
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Fonte: TV Cultura – Foto: Reprodução/Cemig